Quando foi lançado em 2012, o Chevrolet Trailblazer exibia a linguagem de design do fabricante à época, sendo desenhado conjuntamente com a caminhonete S10 e um projeto assinado pelo centro de design da General Motors América do Sul, em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista.
Com uma pegada de utilitário esportivo norte-americano e grandes dimensões, o SUV nunca abdicou da robustez proporcionada pela construção de carroceria sobre chassis e pela tração 4×4 com reduzida. Mantendo esses predicados, a linha 2025 chegou às concessionárias evoluída, tanto no estilo quanto no conjunto mecânico.
Antes de falar sobre o que mudou onde os olhos não enxergam, mas o corpo sente, o exterior desse SUV raiz ganhou uma injeção de ânimo e ficou atualizado à nova linguagem da Chevrolet.
Assim como na caminhonete S10, a maior mudança ocorreu na dianteira, que agora exibe faróis afilados, para-choque redesenhado, capô mais vincado e uma grande barra cromada, presente nesta configuração topo de linha High Country (nomenclatura já vista na S10 e na Silverado), a partir de R$ 374.190.
Com um novo olhar, as laterais também receberam atenção especial, com para-lamas mais pronunciados e rodas de 18 polegadas calçadas com pneus de medidas 265/60. Na traseira, a grande novidade são as lanternas com novo arranjo interno e máscara negra, além do logotipo Duramax, que identifica o motor 2.8.
Amplitude à toda prova no Chevrolet Trailblazer
Uma vez dentro, a posição de dirigir elevada beneficia a visibilidade à frente, lateral e traseira. Apesar dos avantajados 4,88 m de comprimento, 1,90 m de largura e 1,84 m de altura, o Chevrolet Trailblazer é um SUV fácil de ser conduzido, embora exija uma dose extra de atenção em comparação aos SUVs compactos, como o Jeep Renegade ou o Volkswagen T-Cross, em mudanças de faixa, manobras ou locais apertados.
Com capacidade para até sete ocupantes, a cabine revela o emprego de bons materiais e um cuidado na montagem, com áreas sensíveis ao toque no painel e nas laterais das portas, além de comandos localizados à mão e vidros com abertura e fechamento por um toque.
Essa ergonomia é evidenciada pela boa densidade das espumas dos assentos, coluna de direção regulável em altura e profundidade, além do quadro de instrumentos totalmente digital de 8 polegadas integrado ao multimídia MyLink de 11 polegadas (conceito inaugurado pela minivan Spin) com Android Auto/Apple CarPlay sem fio, entradas USB-A e USB-C, carregador de smartphone por indução, Wi-Fi embarcado com capacidade de conectar até sete dispositivos e serviço de concierge OnStar.
Como não poderia ser diferente em um carro com quase cinco metros de comprimento, quem viaja atrás dispõe de muito espaço para as pernas e joelhos, graças aos 2,84 m de entre-eixos – o Toyota SW4 tem 2,74 m e o Mitsubishi Pajero Sport, 2,80 m, para comparar.
Três adultos se acomodam confortavelmente na segunda fileira, sem apertos, com ar-condicionado traseiro oferecendo controle de intensidade e difusores no teto, como nos jatos comerciais e executivos.
Para acessar a terceira fileira, basta puxar uma alavanca para rebater o encosto do banco traseiro e fazer um pequeno contorcionismo. Lá atrás, pessoas de estatura mediana se acomodam com uma dose de conforto nos bancos extras e também têm à disposição saídas de ar. Quando não estão em uso, os bancos ficam escondidos no assoalho, da mesma forma que era na Chevrolet Zafira.
Essa solução é muito prática e não rouba espaço do compartimento de bagagens de 554 litros. Entretanto, com os dois bancos suplementares em uso, a capacidade do porta-malas é reduzida para 205 litros – quase a capacidade oferecida pelo Fiat Mobi (235 litros).
Comparando com os concorrentes, o volume do Chevrolet Trailblazer é superior ao do Mitsubishi Pajero Sport (502 e 120 litros com sete lugares) e do Toyota SW4 (500 e 180 litros, respectivamente).
Motor Duramax
Sob o grande e pesado capô, está o propulsor de quatro cilindros 2.8 Duramax com turbo e injeção direta, agora acoplado a um câmbio automático de oito marchas (antes, de seis), o mesmo utilizado na caminhonete Chevrolet Colorado norte-americana e também na S10. Com novos pistões, turbocompressor e gerenciamento eletrônico, o motor agora entrega 207 cv e 52 kgfm.
Esses números representam um ganho de 7 cv e 1 kgfm em relação ao modelo anterior, resultando em um desempenho superior ao Toyota SW4, que entrega 204 cv e 50,9 kgfm, e ao Mitsubishi Pajero Sport, com 190 cv e 43,9 kgfm.
O Chevrolet Trailblazer já oferecia um bom desempenho com seus 200 cv e 51 kgfm, mas agora a história mudou, principalmente com a introdução da nova transmissão automática de oito marchas. O SUV responde mais prontamente ao acelerador, acordando mais cedo e oferecendo melhor dirigibilidade.
Esse comportamento não apenas movimenta os 2.161 kg do SUV sem esforço, mas também promove melhores reduções, permitindo rodar a 120 km/h com a agulha do conta-giros pouco acima de 1.500 rpm, garantindo melhor conforto acústico e consumo. De acordo com o Programa de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o Chevrolet Trailblazer High Country faz 9,2 km/l na cidade e 11,2 km/l em trajetos rodoviários.
Sim, ficou mais rápido, e a sensação é de maior suavidade em comparação à caixa anterior de seis marchas. Além disso, o freio-motor atua de forma mais suave. A caixa de direção recebeu novos pontos de fixação, transmitindo um comportamento mais direto ao esterço, leve em baixas velocidades e com peso correto ao trafegar acima de 100 km/h.
A dinâmica do Chevrolet Trailblazer foi aprimorada com bitolas dianteira e traseira mais largas e suspensões com arquitetura independente, com braços sobrepostos na dianteira e eixo rígido na traseira.
Claro, com quase 1,90 m de altura e uma calibração macia das novas molas e amortecedores, a carroceria inclina nas curvas mais rápidas. Mesmo assim, o conjunto oferece um conforto superior em comparação com a caminhonete S10.
Além disso, o Chevrolet Trailblazer é um SUV que ignora valetas profundas ou lombadas pronunciadas. Com opção de tração 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida, ele encara o off-road sem medo, devido aos ângulos de entrada de 29º, de saída de 23º e um vão livre do solo de 19 cm.
Veredicto
O Chevrolet Trailblazer mudou na linha 2025, e esta versão High Country está disponível a partir de R$ 374.190, indo até R$ 376.240, nas cores metálicas prata Shark, preto Ouro Negro e cinza Topázio. Mas, o SUV da Chevrolet não oferece controlador de velocidade adaptativo nem tampa do porta-malas motorizada, para citar algumas ausências.
Embora mais potente e melhor de conduzir com as mudanças técnicas, o valor a partir de R$ 374.190 do Chevrolet Trailblazer High Country é superior ao do Mitsubishi Pajero Sport HPE-S (promocional de R$ 369.990) e mais barato que o Toyota SW4 SRX Platinum de sete lugares (R$ 386.290).
Se você gosta da robustez da construção de carroceria sobre chassis e não precisa de uma caçamba, sem dúvidas, o Chevrolet Trailblazer High Country é uma alternativa a ser considerada!
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