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Será a fórmula do sucesso?

CAOA Chery Tiggo 7 PHEV é a fórmula que ninguém tem | Impressões

Enquanto BYD e GWM apostam em SUVs bem maiores para entregar eletrificação, CAOA Chery usa o bem sucedido Tiggo 7 para ganhar mais volume

CAOA Chery Tiggo 7 PHEV - SUVs híbridos plug-in mais baratos em 2025
CAOA Chery Tiggo 7 PHEV [divulgação]

Vamos ser bem sinceros? Não são todos que precisam de SUVs tão grandes quanto os GWM Haval H6 e BYD Song Plus (e Song Pro também). Eles são carros com medidas exageradas para transmitir sofisticação e eram, até então, a maneira mais barata e menor de ter um SUV PHEV. Eis que a CAOA Chery lançou o Tiggo 7 PHEV.

Eu não estou ignorando a existência do Jeep Compass 4xe, que seria rival direto do modelo chinês em porte e mecânica. Só que a autonomia elétrica dele é tão pequena e a presença no Brasil ficou tão apagada, que é quase como se ele não existisse. Na real, a CAOA Chery encontrou a solução para quem queria algo no porte do Compass, mas com a eficiência dos BYD e GWM.

Refinamento de conjunto

Para criar a versão PHEV, a CAOA Chery pegou o conjunto mecânico que o Tiggo 8 híbrido já usava e refinou. Ele é composto por um motor 1.5 quatro cilindros turbo a gasolina com 147 cv e 22,4 kgfm de torque – parece pouco, mas ele é focado em auxiliar o conjunto elétrico e entregar consumo de combustível baixo.

CAOA Chery Tiggo 7 híbrido plug-in preto, visto de trás e com fundo branco
CAOA Chery Tiggo 7 Híbrido Plug-in [Divulgação]

O 1.5 turbo é combinado a dois motores elétricos que entregam 170 cv e 34,2 kgfm. No final das contas, temos 317 cv e 56,6 kgfm, números ligeiramente superiores ao GWM Haval H6 PHEV19 e consideravelmente maiores do que os do BYD Song Plus. Como o Tiggo 7 é menor, isso o torna um carro bem ágil.

Em acelerações, ele dispara feito um canhão e é interessante como o sistema funciona. Com o pé em baixo, primeiro motor elétrico traciona tudo, o fazendo até cantar pneu. Depois, o motor a combustão entra com um ronco sutil. No terceiro momento, ele combina os dois motores e entrega ainda mais força, sendo nítida que a aceleração é mais forte.

CAOA Chery Tiggo 7 Híbrido plug-in preto, visto de lado e com fundo branco
CAOA Chery Tiggo 7 Híbrido Plug-in [Divulgação]

Anteriormente, no Tiggo 8 PHEV, havia falta de sinergia entre os sistemas, mas agora no Tiggo 7 PHEV tudo ficou muito mais azeitado. Você não sente a transição entre os motores e a conversa entre eles é extremamente bem acertada. É um tipo de combinação sem nenhum prejuízo ao motorista.

Tempero brasileiro

Algo interessante da CAOA Chery frente à BYD é que seus carros são acertados pela engenharia brasileira para se adequar ao gosto nacional. É algo que a GWM também faz e, por consequência, torna o handling dos carros bem melhor. A prova disso é a suspensão do Tiggo 7 PHEV, que é muito bem acertada.

CAOA Chery Tiggo 7 híbrido plug-in preto, visto de frente e com fundo branco
CAOA Chery Tiggo 7 Híbrido Plug-in [Divulgação]

Ele absorve bem os impactos, ao mesmo tempo que segura nas curvas sem bambear. Passa a sensação de segurança e não destraciona a frente em uma aceleração forte, mesmo com os pneus pedindo socorro. Já a direção, merecia um pouco mais de peso, afinal, ficou leve demasiadamente e muito anestesiada, bem ao gosto chinês.

Melhorando aos poucos

O interior é algo que as marcas chinesas dominaram tem um certo tempo. O acabamento do Tiggo 7 PHEV é irrepreensível na parte dianteira. Há muitas superfícies macias, tanto nas portas, quanto no painel. O visual é bem moderno e há botões o suficiente. Aliás, a CAOA Chery ouviu os brasileiros e voltou a usar botões físicos para o ar-condicionado.

interior do CAOA Chery Tiggo 7 PHEV
CAOA Chery Tiggo 7 PHEV [divulgação]

O console central é novo com botões dedicados ao sistema híbrido. Destaque ainda para a qualidade do couro usado nos bancos e no painel. O painel de instrumentos totalmente digital integrado à central multimídia também forma um belo conjunto, ainda que a tela seja menor do que a usada no BYD Song Plus.

Somente o volante destoa do conjunto pelo visual pesado. Mesmo sendo um SUV menor do que os rivais diretos, o espaço na segunda fileira do CAOA Chery Tiggo 7 é farto. O teto solar ajuda na sensação de amplitude. O porta-malas leva 475 litros, que é a área em que fica nítida a redução de porte do Tiggo 7 PHEV em relação ao Haval e ao Song Plus.

CAOA Chery Tiggo 7 branco de lateral andando
CAOA Chery Tiggo 7 PHEV [divulgação]

Veredicto

O CAOA Chery Tiggo 7 PHEV ficou muito bom de dirigir, entrega sofisticação e tecnologia. Contudo, o preço é o mesmo real praticado no BYD Song Plus e muito perto do GWM Haval H6 PHEV19, que são carros maiores e até mais sofisticados. No final das contas, o argumento de compra do Tiggo 7 PHEV fica só por conta do porte – o que pode ser um fator extremamente decisivo para muita gente.

Você teria um CAOA Chery Tiggo 7 PHEV? Conte nos comentários.