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Esportividade com tecnologia

BMW X3 fica mais próximo do Porsche Macan e abre um novo espaço no segmento | Impressões

Se antes o BMW X3 queria briga com Mercedes-Benz GLC e Audi Q5, agora aposta forte em esportividade contra o Porsche Macan

BMW X3 M50 vermelho de frente em um gramado
BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

Dentro do segmento de SUVs médios de luxo, o rei sempre foi o Volvo XC60 no Brasil. Ele apostou em eletrificação para conquistar espaço e um preço abaixo dos rivais. Correndo por fora, tínhamos BMW X3, Audi Q5 e Mercedes GLC apostando em luxo e conforto. Já o Porsche Macan era da turma dos esportivos.

Ainda que tivesse suas versões mais apimentadas, o BMW X3 era apenas ligeiramente mais esportivo que os rivais diretos. Entretanto, a quarta geração verteu para um outro lado. Agora, com pegada mais esportiva no visual e também na condução, ele se aproximou do Porsche Macan, mas ainda com sua essência intacta.

Não mais um X5zinho

Durante três gerações, o BMW X3 sempre teve a aparência e a pegada de X5 em tamanho M. A falta de personalidade própria era inerente ao modelo, que sempre seguia seu irmão maior. Agora, a renovação total trouxe a ele uma ideia diferente. O visual antecipa parte da próxima identidade visual da marca, enquanto ele desenvolveu características únicas.

BMW X3 M50 vermelho de traseira em um gramado
BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

O BMW X3 2025 é o primeiro SUV, ou melhor SAV (nome que a BMW usa para os SUVs não cupê) com placa no para-choque. O que mais diferenciava os SUVs regulares dos cupês (chamados de SAC pela marca), para além do vidro traseiro mais inclinado, era que os modelos pares tinham placa no para-choque e os ímpares na tampa do porta-malas.

Isso permitiu ao X3 ganhar um aspecto mais esportivo e baixar a traseira. Prova disso, é que o vidro traseiro é mais curto e inclinado, enquanto o teto tem queda a partir do final da área dos passageiros. Ele ficou 2,5 cm mais baixo, mas também está 2,9 cm mais largo e 2,5 cm mais longo, privilegiando o estilo esportivo.

BMW X3 M50 vermelho de frente em um gramado
BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

Escola chinesa

Para agradar ao mercado chinês, o BMW X3 ganhou uma profusão de LEDs no interior. As portas, console central e painel agora contam com uma faixa plástica luminosa que ajuda a dar uma pegada diferente para o interior. A depender da luz, pode virar um carnaval, mas é uma maneira de parecer mais tecnológico.

A qualidade de acabamento é inferior ao X3 antigo, com couro mais áspero no painel, assim como inclusão de mais plástico e tecido nas portas. A maçaneta é em plástico preto fosco e integrada a botões touch para controlar a ventilação das saídas de ar (que ficam nas portas) e memória do banco.

interior do BMW x3 2025
BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

Em contrapartida, temos um par de telas de excelente qualidade. Tanto o painel de instrumentos, quanto a central multimídia, apresentam alta definição, facilidade de uso e muita personalização. O console central alto conta com comandos que facilitam a vida. Além disso, o couro que reveste bancos e volante é de primeira linha.

O espaço é farto para todos, especialmente na segunda fileira que apresenta boa distância para os bancos dianteiros, além de boa área para a cabeça por conta do teto solar panorâmico. O porta-malas carrega 570 litros e tem o piso rente ao final da abertura da tampa, facilitando colocar e tirar itens.

Pimenta alemã

Só que, onde o BMW X3 verdadeiramente brilha, é ao volante. A marca alemã trouxe a nova geração somente na versão M50, que traz motor 3.0 seis cilindros em linha, turbinado e semi-híbrido. Ao contrário de várias marcas, a BMW não chama o seu SUV de híbrido, mas revela que o sistema eletrificado ajuda bem a reduzir consumo e esforço do 3.0 turbo.

São 398 cv e 59,2 kgfm de torque, sendo que somente o seis cilindros entrega 381 cv e 55,1 kgfm. Como resultado, o SUV chega aos 100 km/h em 4,6 segundos e deixa muito esportivo comendo poeira. A velocidade máxima é de 250 km/h. Ao acelerar, o puxão é forte, especialmente porque boa parte da tração vai para a traseira.

motor do bmw x3
BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

Ele retoma sem dificuldades e tem um ronco instigante…mesmo que boa parte dele seja simulado e reproduzido pelas caixas de som. Por fora, a saída quádrupla de escapamento gera uma interessante sinfonia. O câmbio é automático de oito marchas e que funciona com perfeição: não tem delay de trocas e é eficiente e rápido quando necessário.

A direção é muito afiada, como de um esportivo de verdade – tanto que usa o mesmo volante de modelos M. Apontou, o X3 vai, tendo uma atuação mais firme e responsiva do que se espera de um SUV. Isso se transmite em agilidade para um carro que tem tamanho bem generoso. 

BMW X3 M50 vermelho de traseira em um gramado
BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

Todavia, é a suspensão que é a estrela do X3. A BMW conseguiu tornar o rodar confortável, mesmo com acerto mais firme. Não há vibrações vindas do asfalto, enquanto a absorção de impacto é a contento. Só que, ao fazer curvas, ele segura bem como se fora um carro mais baixo. O acerto é um dos melhores da categoria de longe.

Veredicto

Ainda que o preço tenha ficado muito salgado, afinal, estamos falando de um SUV de R$ 624.950, o BMW X3 entrega mais que todos os seus rivais. Ele tem o espaço mais farto do que o do GLC, mais tecnologia que o Q5 e é tão bom de dirigir quanto um Macan. Falta a eletrificação do XC60, mas isso fica para depois.

BMW X3 M50 [Auto+ / João Brigato]

Se você quer ter um SUV para a familia, mas ao mesmo tempo é o tipo de pessoa que não abre mão de ter um carro que seja um tesão de dirigir, então melhor correr agora e comprar um BMW X3 M50…isso se sua carteira permitir. 

Você teria um BMW X3? Conte nos comentários.