Foi o tipo de corrida que faz a gente se perguntar se é a Mercedes que é tão superior às demais, ou se as outras equipes é que estão fazendo um papelão. Lewis Hamilton venceu o GP da Inglaterra, disputado neste domingo, de forma soberana e inédita. Cruzou a linha de chegada pendurado em três rodas, depois que o pneu dianteiro esquerdo explodiu na última volta.
Onde estavam os adversários quando isso aconteceu? Bem, o companheiro de equipe Valtteri Bottas já havia ficado fora da disputa, por causa de um estouro de pneu bem semelhante três voltas antes. E Max Verstappen, da Red Bull, era praticamente carta fora do baralho porque fez a gentileza de ir aos boxes, cumprir um pit stop extra, quando o pneu de Bottas explodiu.
É que pela cabeça da Red Bull passaram duas coisas. Primeiro: proteger Verstappen, já que os pneus estavam no bagaço para todo mundo em função dos pit stops antecipados. Todo mundo parou para aproveitar uma intervenção do safety car e isso fez com que a maioria percorresse bem mais do que o limite de voltas recomendadas pela Pirelli.
Tudo isso justamente em um circuito que exerce enorme pressão lateral sobre os pneus. Receita do desastre. Mas o principal motivo da parada de Max – ele revelou logo depois da corrida – foi a tentativa de conseguir um ponto extra pela melhor volta. Uma bobagem que tomou conta da Fórmula 1 desde que esta regra foi introduzida.
Pilotos que não têm mais nada a ganhar ou perder, como era o caso de Verstappen a 15s do líder e a 30s do terceiro colocado, fazem um pit stop extra no final para colocar pneus macios e registrar a melhor volta da prova. Max de fato conseguiu o ponto. Mas se não tivesse parado, teria tranquilamente ganhado a posição de Hamilton quando o pneu dele explodiu.
Há quem argumente que a Red Bull não poderia prever o desfecho e que não arriscaria manter Max na pista com pneus tão desgastados. Mas conhecendo um pouquinho a Red Bull, dá pra saber que: sim, ela assumiria o risco tranquilamente. Parar foi mesmo mais pela melhor volta do que por qualquer outra coisa, o que transformou o pit em uma estratégia desastrada.
“Eu estava feliz com o segundo lugar e aí acontece isso…”, disse Max, já mais bem-humorado, depois de xingar bastante pelo rádio. “O meu coração quase parou”, disse Hamilton, ao explicar como se sentiu ao ver o pneu o deixando na mão na última volta. Carlos Sainz, da McLaren, também teve um pneu furado e perdeu o quarto lugar a duas voltas do fim.
A Pirelli, fabricante de pneus, iniciou uma extensa investigação para determinar as causas das falhas. “Pode ser pelo uso, porque um pneu com 38 voltas ou mais nessa pista está muito, muito desgastado. Mas pode ser também por causa de detritos na pista”, comentou Mario Isola, chefe de motorsport da Pirelli.
Confira abaixo a análise do GP da Inglaterra no canal Pr1meiro Stint:
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