Responsável por salvar a Nissan da Europa da falência, o Nissan Qashqai é, no Velho Continente, o que o Jeep Compass é para os brasileiros: referência e líder entre os SUVs médios. Só que, com vida cada vez mais difícil, o SUV médio japonês passou por pequenas mudanças visuais para se manter forte na categoria.

Com algumas influências do novo Kicks 2025, o Nissan Qashqai reestilizado recebeu dianteira fortemente reformulada. Os faróis em C foram separados, tendo a parte superior de LED conectada à barra superior da grade frontal. Já a parte inferior se mescla à nova grade frontal estilo trapézio invertido. Há luzes extras com desenho igual às tramas da grade.

Na traseira, o modelo recebeu lanternas remodeladas com desenho mais elegante e mudanças no para-choque. Outra novidade é a versão N-Design, que segue exatamente a mesma fórmula do Jeep Compass S: rodas de liga-leve maiores, parte inferior da carroceria pintada na mesma do do restante do carro e teto em preto.

Por dentro, o Nissan Qashqai 2025 traz nova central multimídia e painel de instrumentos totalmente digital com tela maior do que antes. A versão N-Design conta com revestimento de suede no painel, portas e bancos, contrastando com costuras brancas e detalhes em vermelho.

Levemente eletrificado ou bem eletrificado

Na parte mecânica, nenhuma novidade. As versões de entrada usam motor 1.3 quatro cilindros turbo igual ao do Renault Duster. Contudo, o Qashqai pareia o motor de origem Nissan e Mercedes com um sistema semi-híbrido e oferece versões de 140 cv ou 160 cv. Sem sistema semi-híbrido, o motor 1.3 TCe no Brasil rende 175 cv.

Há também a versão e-Power, que usa um motor 1.5 quatro cilindros aspirado como gerador de energia para um sistema elétrico. Parecido com o sistema e:HEV da Honda, o e-Power da Nissan não é capaz de conectar o motor a combustão às rodas, fazendo com que o motor elétrico de 190 cv seja o único motriz. A gasolina, no fim, serve para produzir energia.

Preços não foram anunciados por enquanto e, tal qual antes, o Nissan Qashqai segue exclusivo da Europa. O que é uma pena, visto que a marca japonesa poderia facilmente vendê-lo no Brasil com alta chance de sucesso contra o Jeep Compass. Afinal, se o Toyota Corolla Cross faz sucesso e o SUV é um estouro na Europa, por que não faria o mesmo por aqui?