Design é algo que conta muitos pontos na hora de escolher um entre vários carros disponíveis. É o visual que se torna o primeiro fator de convencimento de um comprador, enquanto os demais argumentos são conquistados aos poucos. Mas e quando um carro não é feio como um todo, mas tem só uma traseira polêmica?
Algumas vezes as marcas fazem rápidas intervenções cirúrgicas em seus carros visando um butlift, uma reestilização leve focada somente na traseira. Isso aconteceu com o Fiat Marea exclusivamente no Brasil, ainda que ele não fosse um carro feio de traseira. Mas esse não é o caso desses cinco modelos polêmicos.
Renault Mégane II hatch
A família Mégane veio quase completa para o Brasil na segunda geração. Tivemos o sedã e a perua produzidos nacionalmente e o conversível importado. Enquanto a Mégane Grand Tour e considerada um dos carros da Renault mais bonitos já vendidos no Brasil, o polêmico hatch nunca desembarcou em nossos país. E ainda bem.
No começo dos anos 2000, a Renault tentou reinventar o visual dos hatches. Começou com o Vel Satis e chegou até às minivans Scénic e Avantime. Mas o Mégane viveu o auge do visual polêmico da Renault. O vidro traseiro era praticamente reto, enquanto a tampa traseira tinha um volume bem ressaltado.
Honda Accord
A sétima geração do Honda Accord lançada em 2002 passou quatro anos com visual controverso em sua traseira, tanto que durou apenas até 2005. Ainda que essa geração tenha uma dianteira bastante ousada e que influenciou outros Honda, a traseira é que foi seu grande problema.
A marca japonesa resolveu dar a ele grandes lanternas espichadas. Mas elas foram posicionadas baixo na tampa do porta-malas. Como resultado, o Accord parecia que tinha um testa gigante e um visual pesado e envelhecido. Prova de que a Honda errou na traseira e acertou na dianteira é que a reestilização de 2005 mudou somente a retaguarda.
Ford Escorpio
De 1985 a 1998, a Ford tinha o sedã grande Scorpio na Europa. Nascido com visual bastante genérico, quase um Escortzão, o modelo perdeu a linha na segunda geração, em especial na traseira. Ele fez parte da época em que a Ford estava obcecada por ovais e deixou o carro redondo demais. A frente até passava, mas o problema era a traseira.
Ele sofreu do mesmo mal do Accord: lanternas longas e mal posicionadas. Antecipando a moda que viria a vingar nos dias atuais, o sedã grande da Ford tinha lanternas conectadas. Elas eram finas e estilosas, mas colocadas entre a tampa do porta-malas e o para-choque. Isso criava um efeito testa grande, visual pesado e deprimente.
Peugeot 207 Passion
O projeto original do Peugeot 206 provia apenas dois derivados além do hatch: perua e conversível. Mas as divisões brasileira e iraniana da marca francesa resolveram inventar. Por aqui, demos vida à picape Hoggar, enquanto o Irã criou o sedã. A questão foi que acharam que o belo visual do 206 hatch bastava.
O desenho da traseira era idêntico ao do hatch, somente com a adição de um terceiro volume. Criou-se assim um efeito gaveta, em que parecia que a Peugeot simplesmente puxou a retaguarda do hatch como se fosse uma gaveta de meias. Vale lembrar que a versão sedã foi vendida por aqui como 207 Passion somente após a reestilização.
Hyundai Creta
Polêmica desde o princípio, a segunda geração do Hyundai Creta se salvou de mais dedos apontados a ele aqui no Brasil. A grande questão é que a traseira, ponto mais polêmico do modelo, foi amenizada por aqui e também na Rússia.
A Hyundai dividiu a lanterna em três partes, sendo a superior conectada e com a luz auxiliar de freio centralizada ali. Na versão russa e brasileira, a tampa do porta-malas foi totalmente refeita e a conexão entre as lanternas se perdeu. No lugar, um forte vinco ajudou a disfarçar um pouco as estranhas soluções de estilo que a marca sul-coreana adotou.
Para você: qual desses carros tem a pior traseira? Conte nos comentários.
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