Se antigamente as marcas chinesas não eram sequer bem vistas, agora a quantidade de fabricantes que reclamam da ameaça oriental é gigantesca. Elon Musk, que antes fez piada da BYD, agora admite ter medo da fabricante do Dolphin. Só que agora a Renault foi além e quer criar uma grupo para unir forças com outras marcas europeias para atacar os chineses.

Luca de Meo, CEO da Renault, afirmou ao Automotive News que “parceiros podem dividir os investimentos e reduzir os custos. Por isso, precisamos encontrar uma solução criativa para isso. A ideia é desenvolver tudo na Europa a preços competitivos”. Segundo a reportagem, a ideia é se inspirar na criação da Airbus.

A empresa aeronáutica surgiu em 2000 com a junção de diversas fabricantes de avião com o objetivo claro de brigar com a Boeing e com a Embraer. De Meo quer que outras marcas europeias se juntem à Renault para desenvolver uma plataforma comum para seus carros elétricos, além de compartilhar motores e baterias.

Atualmente a Renault já fala com a Volkswagen para compartilhar a plataforma AmpR, além de procurar outras montadoras para dividir os custos desse desenvolvimento. Vale lembrar que as marcas europeias já fizeram isso no passado, como quando GM e Fiat compartilharam plataformas e motores, ou a Saab usou base da Fiat.

Faça antes, venda antes

“Velocidade é importante contra os chineses”, afirma o CEO da Renault, “estamos em um mundo incerto. No passado, com os carros a combustão, você sabia o que estava por vir”. Ou seja, a ideia de Luca de Meo é que essa união entre marcas europeias também permita acelerar o processo de desenvolvimento dos carros e se antever aos chineses.

Hoje as marcas chinesas lançam carros novos com uma impressionante velocidade e os colocam em mercados internacionais semanas depois de revelá-los na China. Por isso, a própria Renault já cortou tempo de desenvolvimento de seus carros. O Renault 5 demorou três anos para ser feito, já o novo Twingo terá dois anos de tempo de desenvolvimento.

Você acha que as marcas chinesas estão realmente ameaçando as europeias ou é um medo além do necessário? Conte nos comentários.

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