Enquanto algumas marcas estão repensando sua transição elétrica, a Mercedes-Benz está totalmente comprometida com esse movimento. Prova disso, é que a linha de elétricos EQ deixará de ter sentido dentro da montadora alemã pois todos os seus carros se tornarão elétricos. O fim dos modelos EQ está próximo e a culpa também é deles.
Em entrevista à revista Top Gear, o vice-presidente de engenharia da Mercedes, e ex-chefe de plataformas elétricas, Christoph Starzynski, confirmou mais uma vez sobre os planos de unificar as linhas. Já não é de hoje que a Mercedes não esconde que os modelos EQ são transitórios e que os futuros Classe, CL e GL se tornarão elétricos.
A maior prova disso é o Concept CLA, apresentado no ano passado. O modelo antecipa a terceira geração do cupê de quatro portas, o Mercedes-Benz CLA. Ele é totalmente elétrico e sua produção foi confirmada somente com motorizações não poluentes. E onde está o nome EQ nele? Pois é…
Sobre a decisão do nome, Starzynski disse que “não, ele vai ser um C. EQ é muito forte para nós quanto uma marca de tecnologia, por isso vamos manter. Mas agora é questão de nomenclatura. Como vamos chamar os carros? No final do dia, o objetivo é eletrificar tudo. Por isso, o zíper está fechando e a nomenclatura evoluiu naturalmente”.
Os últimos da manada
Outro ponto é que a Mercedes-Benz já declaro que Classe C, Classe E e Classe S, recentemente renovados, estão em sua última geração a combustão. O mesmo vale para todos os SUVs derivados deles que ainda não receberam renovação total, à exceção do GLC. Ou seja, se até os nomes mais fortes vão virar elétricos, não há necessidade de uma nova geração dos EQ.
Um EQE é um equivalente elétrico de um Classe E, assim como o EQS SUV é uma opção elétrica ao GLS. Como os modelos originais se tornarão elétricos, os EQ deixam de fazer sentido. Até o Classe G será elétrico, mas não será mais chamado de EQG como vinha sendo especulado.
Visual também não ajudou
Além disso, há o problema quanto ao design. O visual derretido de todos os modelos EQ da Mercedes-Benz não agradou o tanto que a marca esperava. “Tivemos esse comentário e estamos levando ele muito a sério”, diz Starzynski. “Olhe para a linguagem do Concept CLA, e talvez um pouco mais para o futuro, acho que podemos definitivamente ver o que será adotado”.
A questão é que os modelos EQ foram desenvolvidos pela Mercedes-Benz para ter o máximo de eficiência possível. Mesmo sendo penalizados pelo peso das baterias, a aerodinâmica apurada permite melhor autonomia e mais velocidade. Só que o consumidor tradicional da Mercedes não gostou, preferindo algo mais chique e marcante do que o estilo derretido.
Você acha que a Mercedes tomou a decisão certa em acabar com os modelos EQ? Conte nos comentários.
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