Assim como aconteceu no Brasil, o Citroën C3 na Europa deixou de ser um hatch compacto com pegada mais sofisticada para se tornar um dos mais baratos do segmento. E, por conta dessa mudada de chave, a Citroën desistiu de fazer um rival para Renault Kwid e Fiat Mobi.
Apesar de ser, tecnicamente, o mesmo carro, a diferença do Citroën C3 daqui e o de lá é que o nosso é movido a combustão, enquanto o europeu é só elétrico. Além disso, o modelo deles já vem com a reestilização que marca a nova linguagem visual da fabricante francesa, além de ter acabamento mais sofisticado e construção mais refinada.
Contudo, a ideia do Citroën C3 em ambos os lados do oceano, é ser um carro barato. Lá na Europa, mesmo sendo elétrico, custará a partir de 19.990 euros (R$ 106 mil), não tanto acima do valor que atualmente o C3 a combustão parte (13.995 euros – R$ 74 mil). Por isso, a Stellantis não vê razão em fazer um carro menor.
Até pouco tempo atrás, a Citroën vendia o C1, como um equivalente ao Fiat Mobi e ao Renault Kwid. Esse subcompacto também era comercializado como Peugeot 108 e Toyota Aygo. Só que, a grande questão, é que ele custava mil euros a menos que o C3 de entrada. Uma quantia que não justifica o desenvolvimento de uma nova geração.
Deixa para a Fiat
Em entrevista à Autocar, Thierry Koskas, CEO da Citroën, disse que “o segmento de subcompactos é muito, muito pequeno na Europa – talvez porque não tem muitas opções. Mas por que? Porque, no final do dia, a diferença entre um subcompacto e um compacto não é muito grande. E o benefício de pagar um pouco a mais é gigantesco”.
O executivo completa dizendo que “para agora, o segmento de subcompactos não é uma prioridade. Mas vamos ver o que acontece no futuro. Por enquanto, começamos com o Ami e vamos direto para o C3”. Com isso, a única marca da Stellantis que venderá carros subcompactos no mundo será a Fiat com Mobi e 500.
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