A Fórmula 1 sempre é alvo de alguma reclamação dos fãs. Nesta temporada, com o amplo domínio de Max Verstappen, que certamente será campeão por antecedência, boa parte do público passou a dizer que a categoria está chata e sem graça. Mas será que é isso mesmo, ou boa parte das pessoas está exagerando demais?
Lendo um texto do site Car Buzz hoje cedo, me deparei com os motivos apontados pelo site e que mostram que a F1 não é chata. E, de fato, existem bons fatos que provam que a temporada 2023 tem seu charme, apesar da facilidade com que Verstappen ganha corridas.
No entanto, alguns pontos mostrados pelo site mostram o contrário. Por exemplo, o GP da Holanda teve o maior número de ultrapassagens da história da categoria. Foram 188 ao todo, superando o recorde anterior, que era do GP da China de 2016, em 18 ultrapassagens.
É claro que as condições climáticas da corrida holandesa contribuíram para isso. Mas existem outros pontos que dão um certo tempero para as corridas deste ano. Por mais que a Red Bull seja dominante, a briga pela segunda força da categoria está cheia de reviravoltas.
Alternância da segunda força
No começo do ano, a Aston Martin era a segunda equipe mais forte. Isso por si só é uma baita atração, já que Fernando Alonso, mesmo com seus 42 anos, consegue extrair tudo do carro quando tem um bólido competitivo nas mãos.
Conforme a temporada foi rolando, outras equipes melhoraram e passaram a ocupar o lugar da Aston Martin, que teve uma queda acentuada há algumas provas, embora tenha se recuperado no GP holandês. A Mercedes, depois que atualizou seu carro, se tornou mais competitiva, e Lewis Hamilton voltou a marcar uma pole position no GP da Hungria, aumentando ainda mais o seu recorde.
Já a McLaren teve a reviravolta mais impressionante do ano. Após começar em baixa e sofrendo para marcar pontos, o time se recuperou vertiginosamente, e conseguiu pódios consecutivos na Inglaterra e Hungria.
A Ferrari é uma grande decepção, com apenas três pódios no ano, todos com Charles Leclerc. Só que os italianos correm em casa neste final de semana, durante o GP da Itália, e Monza costuma fazer com que os deuses do automobilismo preparem vitórias improváveis. Basta lembrar de Sebastian Vettel vencendo de Toro Rosso, em 2008, Pierre Gasly triunfando de AlphaTauri em 2020 e Daniel Ricciardo levando a McLaren à vitória em 2021.
Isso sem contar a remontada da Williams, que tem conseguido bons resultados com Alex Albon, ficando constantemente na zona de pontos. Na Holanda, o time largou em quarto com o tailandês e viu Logan Sargent se classificar em décimo, fazendo os dois carros do time chegarem ao Q3 depois de muito tempo.
Fórmula 1 vive de domínios
É evidente que o domínio de Max Verstappen ofusca bastante coisa boa desta temporada da F1. E que todos queremos um campeonato disputado ponto a ponto, como foi em 2021. Entretanto, domínios acontecem.
Antes de Max, foi Hamilton. Antes de Lewis, Vettel. E, antes dele, Schumacher. Voltando mais no tempo, a Williams foi a maior força durante boa parte dos anos 1990. E a McLaren ganhou sete títulos, de oito disputados, entre 1984 e 1991. Isso sem contar os anos de ouro da Lotus e os títulos seguidos de Juan Manuel Fangio no início da categoria.
Portanto, ao analisarmos a história da Fórmula 1, houve mais períodos de domínios de equipes e pilotos, do que campeonatos disputados ponto a ponto. E antes, as ultrapassagens eram bem menos comuns, ainda que hoje em dia a asa traseira móvel faça com que elas sejam artificiais.
O que acha do momento atual da Fórmula 1? Deixe nos comentários a sua opinião.
>> Piloto brasileiro, Felipe Drugovich vai andar de F1 em Monza