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Toyota e GAC criam motor 2.0 movido a combustível inovador

Marca chinesa, juntamente com a Toyota, cria propulsor que queima amônia voltado para o uso em carros de rua, mas há alguns desafios

Chevrolet Silverado High County [João Brigato/ Auto+]
Chevrolet Silverado High County [João Brigato/ Auto+]

A Toyota e a GAC se uniram para desenvolver um motor a combustão inovador. Trata-se de um propulsor 2.0 movido a amônia, projetado para ser uma opção aos combustíveis tradicionais. O motor foi apresentado durante a feira anual de tecnologia da GAC, mas ainda não se sabe se o propulsor será oferecido em algum veículo da empresa.

De acordo com a montadora chinesa, o propulsor produz 161 cv, que é um bom número para um motor de 2 litros. Entretanto, o que mais chama a atenção é o índice de poluição dele. Afinal, a empresa afirma que o motor emite 90% a menos de dióxido de carbono do que um propulsor a gasolina.

O maior desafio de produzir um motor a amônia é a dificuldade de se queimar esse combustível. No entanto, a GAC e a Toyota conseguiram contornar esse problema, desenvolvendo uma nova tecnologia. Essa dificuldade existe porque a amônia tem cerca de metade da densidade de energia da gasolina, mas ao menos não emite carbono, hidrocarboneto ou CO2 quando é queimada.

GAC Aion [divulgação]
GAC Aion [divulgação]

Apesar de um motor inovador, o propulsor desenvolvido por GAC e Toyota não é o primeiro capaz de queimar amônia. Outras empresas estão estudando o combustível para ser uma alternativa menos poluente para as indústrias de transporte rodoviário e marítimo. Todavia, essa é a primeira vez que o combustível é usado para um motor de carro de passeio.

Mas como tudo não são flores, há outras dificuldades para conseguir usar a amônia como combustível. O maior problema é que a substância é extremamente tóxica, e expor uma pessoa a uma quantidade determinada do produto pode ser fatal. Isso pode gerar problemas para os veículos usados na agricultura, por exemplo.

GAC Aion [divulgação]
GAC Aion [divulgação]

Com isso, é difícil imaginar que o combustível seja utilizado em grande escala, já que seria bastante perigoso manuseá-lo. Outro problema é o alto nível de nitrogênio emitido pela amônia, o que inviabiliza seu uso em um motor que não é preparado ou que tenha uma taxa de compressão baixa.

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