Antecipado pelo Auto+ em agosto de 2021, o novo SUV compacto da Toyota terá uma missão muito importante no Brasil: bater o Hyundai Creta. A ideia não é ter a liderança do segmento, hoje nas mãos do Volkswagen T-Cross, mas pertencente ao Jeep Renegade nos últimos anos. Ou seja, a Toyota quer jogar segura no segmento, mas ficar entre os primeiros.
Segundo informações dos nossos colegas do Motor1, o SUV compacto é chamado internamente de D90B e tem início de produção programado para dezembro de 2024. O lançamento, contudo, ocorrerá somente em 2025 para que o ano/modelo já pertença ao ano seguinte. A ideia é atingir um volume de produção de 66 mil unidades por ano, quase o mesmo volume do Creta em 2021.
Para referência, o Hyundai Creta foi o terceiro SUV mais vendido do Brasil em 2021. Isso colocaria a meta da Toyota com seu SUV compacto pelo menos o terceiro lugar no ranking geral. Seria suficiente para ter o dobro do volume de vendas do Corolla Cross, que será mantido atuando no segmento de médios, sendo maior e mais sofisticado.
Alma de Daihatsu
O projeto será derivado da plataforma DNGA da Daihatsu e usada também em projetos de baixo custo da Toyota, como a nova geração do Yaris sedã apresentada lá fora. Isso fez com que as chances de que o novo Yaris seja feito aqui voltassem à mesa de discussão da Toyota, especialmente por conta do sucesso do Honda City, mesmo sendo o mais caro do segmento.
Esse novo SUV compacto será o modelo de entrada da Toyota em diversos países emergentes, como a Tailândia, Brasil e outros mercados do sudeste asiático e América Latina. Se fizer sucesso, pode fazer o mesmo caminho do Corolla Cross, que nasceu para mercados emergentes e se tornou global.
Híbrido novo
Debaixo do capô, o Toyota D90B usará somente motor 1.5 três cilindros aspirado, porém em dois layouts diferentes. As versões de entrada terão o 1.5 aspirado que na Europa hoje entrega 125 cv e 14,8 kgfm de torque. Aqui no Brasil deve subir a 130 cv e 15 kgfm por conta da conversão a flex.
Já as versões mais caras serão híbridas, com o mesmo 1.5 aspirado, só que ligado a um sistema elétrico. O conjunto tem 116 cv na Europa e aqui deve manter mesma cavalaria. Em todas as versões a transmissão será CVT. A estratégia é exatamente a mesma do Corolla Cross, mas com motores menores.
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