VW e Mercedes terão um grande desafio para a próxima década. Acontece que as duas marcas estão determinadas a venderem apenas veículos elétricos ou a hidrogênio a partir de 2035. Isso significa que a partir desse ano não haverá mais nenhum modelo a combustão fabricados pelas duas marcas.
Nem mesmo os híbridos escapariam, já que é preciso ter um motor a combustão para completar o conjunto mecânico. Por isso, mesmo sendo mais ecológicos que um carro a gasolina ou a diesel, os híbridos serão extintos da mesma maneira que esses outros veículos.
Já a escolha por 2035 se deu porque esse foi o ano escolhido pela União Europeia para limar todos os carros a combustão do continente. Por isso, VW e Mercedes decidiram anunciar publicamente seus planos. Representantes da Volkswagen disseram ao site da Automotive News Europe que o objetivo é ambicioso, mas alcançável. Além disso, falaram que a eletrificação é um processo irreversível.
A Mercedes-Benz tem um parecer bastante semelhante. Segundo o chefe de relações externas da empresa, Eckart von Klaeden, a marca da estrela de três pontas vai estar preparada para a eletrificação total antes mesmo da data estabelecida pelo parlamento europeu, pois a fabricante espera concluir sua eletrificação até 2030.
Além de VW e Mercedes, há outras marcas e grupos que garantiram que irão banir os carros a gasolina e diesel até 2035. Ford, Jaguar e o grupo Stellantis (Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e outras) já disseram que vão eletrificar toda a sua gama na Europa até a data limite.
No entanto, apesar das promessas, existe uma grande preocupação com o acesso às matérias-primas que são necessárias para a produção dos carros elétricos. A própria Stellantis diz que teme uma falta generalizada de baterias já em 2025, o que seria um fator complicante para os processos de eletrificação.
Por conta disso, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, acredita que é necessário uma reflexão sobre como as matérias-primas estão sendo obtidas na atualidade, para evitar conflitos geopolíticos e a falta de materiais para toda a indústria, como tem acontecido atualmente com a questão dos semicondutores.
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