A Segunda Guerra Mundial ocorreu de 1º de setembro de 1939 até 2 de setembro de 1945. O grande conflito teve seu fim marcado em 8 de maio de 1945, com a rendição incondicional da Alemanha, data conhecida como Dia da Vitória na Europa (VE Day). Em 2 de setembro de 1945, o Japão oficializou sua rendição, encerrando oficialmente a guerra.
Algumas das tecnologias que utilizamos hoje nasceram da Segunda Guerra Mundial. Um exemplo é o forno de micro-ondas, que se popularizou entre os brasileiros a partir da década de 1980. Além disso, várias inovações automobilísticas foram desenvolvidas ou aprimoradas durante e após a guerra, que envolveu aproximadamente 61 países e resultou na vitória dos Aliados (Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido, França e China). Confira algumas delas:
Turbocompressores
Os turbocompressores aumentam a eficiência dos motores a combustão interna ao empurrar mais ar para dentro da câmara de combustão. Basicamente, isso permite uma maior queima de combustível, resultando em maior potência.
O conceito foi desenvolvido pelo engenheiro mecânico suíço Alfred Büchi em 1905. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi amplamente empregado em aviões militares para melhorar o desempenho em altitudes elevadas, onde o ar é mais rarefeito.
Aliás, o primeiro carro nacional equipado com turbocompressor foi o Fiat Uno Turbo, lançado em 1994, com motor 1.4 Sevel sobrealimentado para render 118 cv e 17,5 kgfm. A produção durou até 1996.
Pneus Radiais
A demanda por veículos resistentes e duráveis durante o conflito levou a avanços na engenharia e nos materiais. Um dos progressos significativos foi a aplicação de fibras e borrachas sintéticas, que foram incorporadas aos pneus radiais. Embora os pneus radiais não tenham sido introduzidos durante a guerra, seus estudos e desenvolvimentos foram impulsionados por ela.
Em 1946, a Michelin lançou o primeiro pneu radial, o Michelin X, que proporcionava melhor aderência, controle e economia de combustível. Além disso, os pneus sem câmara, que se mostraram resistentes a perfurações, também foram resultado das inovações da época.
GPS
O GPS (Sistema de Posicionamento Global) foi criado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para melhorar a navegação militar. O LORAN (Long Range Navigation) foi um dos primeiros sistemas, utilizando sinais de rádio enviados por estações terrestres para determinar a posição de navios e aeronaves.
Outro sistema, o Decca Navigator, também foi utilizado durante a guerra, funcionando de forma similar ao LORAN. A partir de 1990, o GPS começou a ser incorporado em carros de passeio, com o Eunos Cosmo sendo um dos primeiros a utilizá-lo. Desde 2010, a tecnologia passou a equipar uma gama maior de veículos, incluindo modelos não luxuosos e também smartphones.
Suspensões Independentes
As suspensões independentes foram introduzidas durante a Segunda Guerra Mundial, proporcionando maior manobrabilidade aos veículos. Esse tipo de suspensão permitiu um melhor desempenho em diversos tipos de terrenos, como areia, lama, pedras e rochas.
O Volkswagen Kübelwagen, por exemplo, possuía arquitetura independente na traseira. Foi nas décadas de 1950 e 1960 que fabricantes começaram a equipar seus carros com suspensões independentes, sendo o Citroën DS um exemplo revolucionário, utilizando um conjunto hidropneumático independente nas quatro rodas.
Câmera e radares
As câmeras e os radares são exemplos de como a tecnologia desenvolvida para a guerra foi aplicada em veículos civis. Durante o conflito, foram utilizados para detectar/visualizar aeronaves inimigas e tropas. A busca por sistemas mais compactos em aeronaves e navios levou a um processo de miniaturização e design de circuitos, permitindo a criação de câmeras e radares menores.
Atualmente, essa tecnologia é frequentemente vista em sistemas de auxílio à condução (ADAS), como controle de velocidade adaptativo e detecção de objetos e obstáculos.
Você sabia que algumas das tecnologias do seu carro vieram da Segunda Guerra Mundial? Escreva sua opinião nos comentários!