Apesar de serem largamente usadas em carros esportivos e apreciadas, no começo, pela velocidade de troca de marcha, a transmissão automatizada de dupla embreagem está caindo em desuso. Prova disso é que o Volkswagen Taos norte-americano, que usava esse tipo de câmbio, teve de trocar por uma caixa automática tradicional.

O grande problema era o receio do consumidor com esse tipo de transmissão. Além do medo de quebra, a maioria dos clientes do Taos, nos EUA, reclamava da falta de resposta da transmissão. Uma ironia, visto que o mote desse tipo de câmbio é justamente ser mais rápido do que um automático tradicional.

“Havia uma grande hesitação no DSG e os consumidores norte-americanos, a não ser que fosse um carro de performance, não gostam desse câmbio”, disse um representante da Volkswagen ao site Carscoops. “Eles pensam que o carro está quebrado, que não responde”, finaliza.

Além disso, havia o constante medo do consumidor de que o câmbio DSG viesse a quebrar no futuro. Por mais que existam diversos carros com esse tipo de transmissão, o trauma deixado pela Ford com o Powershift e até da própria Volkswagen com o DSG de algumas gerações atrás deixa os clientes com um pé atrás.

Vale lembrar, contudo, que o câmbio DSG de dupla embreagem era usado no Volkswagen Taos somente quando equipado com tração 4MOTION. Agora, a marca fará como fez com o Tiguan, que utiliza câmbio automático tradicional de oito marchas pareado a tração nas quatro rodas.

E no Brasil?

Vale lembrar que aqui no Brasil, o Volkswagen Taos usa câmbio automático de seis marchas. Ele é oferecido no nosso mercado somente com motor 1.4 TSI e tração dianteira. Já o modelo norte-americano recentemente reestilizado, traz motor 1.5 TSI de 176 cv (enquanto o nosso 1.4 TSI tem 150 cv). Lá ele tem tração dianteira ou 4MOTION integral.

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