Originalmente lançado na China como Tharu, o Volkswagen Taos se tornou o SUV médio da marca alemã para as Américas. Só que ele sempre teve estilo diferente de seu irmão oriental. E isso seguirá com a reestilização que a marca alemã prepara para o nosso mercado. Ainda que o modelo tenha sido postergado.
Em entrevista ao Auto+, José Carlos Pavone, designer-chefe da Volkswagen Américas, contou um pouco sobre o que esperar do novo Taos para o Brasil. Segundo o executivo, o ”Tharu chinês não tem nada a ver com o nosso Taos”. Por isso, as mudanças serão locais e mais fortes do que as feitas na China.
Essencialmente, a linguagem visual da VW chinesa é bem diferente da global. Por lá, os modelos contam com faróis divididos em dois andares e uma extensão na lateral que só foi aplicada em Tiguan e Golf. No Tharu 2024, a Volkswagen deu a ele uma frente muito parecida com a do T-Cross brasileiro, assim como uma lanterna bem semelhante.
T-Cross deles
Entretanto, aqui para o Brasil, o Taos ficar muito próximo ao T-Cross é algo perigoso. Afinal, o modelo tem um papel mais sofisticado na gama e, hoje, mesmo sendo bem diferente, a marca recebe críticas. É possível, contudo, que o interior dos dois modelos seja igual, visto que isso já era aplicado antes e o Tharu era criticado pelo acabamento ruim.
Entretanto, Pavone alerta para um problema forte que o Volkswagen Taos tem no Brasil e que é compartilhado com o Honda ZR-V. “É complicado quando você faz um carro que é de entrada para os EUA e aqui custa muito caro. O Taos é um caro caro. Então tem que abrir mão de algumas coisas, não tem jeito, se não a conta não fecha”.
A grande questão é que o Volkswagen Taos cumpre o papel do T-Cross nos EUA, assim como o Honda ZR-V é o HR-V. Ou seja, enquanto por aqui ele tem que ficar acima de Nivus e T-Cross, lá nos EUA é o carro de entrada. Isso força a marca a ter um acabamento mais simples e soluções de redução de custos que não seriam tão interessantes.
A Jeep não sofre com isso nos EUA porque tem o Renegade antes do Compass e sempre foi uma marca um degrau acima. Ou seja, como o projeto do Taos é unificado entre EUA e Brasil, pode ser que o nosso modelo (que é produzido na Argentina) siga simples com a renovação justamente por conta do seu papel na terra do Tio Sam.
Você acha que a Volkswagen deveria mudar o projeto do Taos? Conte nos comentários.