O Volkswagen Santana é um carro bastante querido no Brasil e na China, tendo uma história longa nos dois países. Entretanto, o modelo foi vendido em outros mercados, mas em nenhum deles a sua trajetória foi tão curiosa quanto a do modelo japonês. Afinal, o carro foi fabricado e vendido pela Nissan por lá, mas teve uma trajetória curta.
A história do Santana japonês foi relembrada pelo colega Evandro Enoshita há alguns anos. Ainda nos primeiros anos do sedã, em 1984, a Volkswagen fechou um acordo com a Nissan, iniciando a produção da segunda geração do Passat, que é a verdadeira origem do Santana, naquele ano.
A parceria entre as duas marcas estabeleceu que a Nissan seria a responsável pela manufatura e estampagem do Santana no Japão, que também recebeu este nome por lá. A Volkswagen seria a responsável pelo fornecimento de todo o conjunto mecânico. E, mesmo com este acordo exótico, o Volkswagen Santana foi vendido nas concessionárias da Nissan no Japão, mesmo utilizando os logotipos da marca alemã.
Curiosidades do Volkswagen Santana japonês
O acordo entre Volkswagen e Nissan produziu algumas versões interessantes para o sedã. Ele foi vendido com três opções de motorização. Havia os motores 1.6 a diesel e 1.8 a gasolina, mas o mais exótico foi o propulsor 2.0 de cinco cilindros e cabeçote com 20 válvulas. Este motor entregava 140 cv, uma boa cavalaria para a época, e estava presente na versão topo de linha do modelo.
O Volkswagen Santana foi vendido no Japão com câmbio manual ou automático. Embora haja poucas informações sobre esta transmissão automática, é bem possível que fosse a caixa de apenas três marchas, já que esse era um padrão da época e essa mesma opção foi oferecida no Brasil.
Apesar dos esforços de VW e Nissan, o Santana não deu certo no Japão. E olha que por lá ele foi até encurtado, relativamente, na largura. O modelo japonês era 5 mm mais estreito, para evitar o pagamento de mais impostos. Mesmo assim, o sedã não caiu nas graças do público japonês, e saiu de linha em 1989.
No Brasil, ele durou até 2006, enquanto na China a primeira geração só foi descontinuada em 2012. A segunda geração durou até 2013, e o New Santana, um modelo compacto alongado, como um Chevrolet Cobalt, e com plataforma de Polo de quinta geração, deixou de ser vendido somente em 2022.
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