As portas dos carros costumam ser inimigas das mãos de seus passageiros. Em julho de 2016, um dono de BMW X5 estava com a porta aberta do seu modelo e a mão apoiada no batente, quando ela se fechou e acabou por cortar uma parte do seu polegar. Os médicos até tentaram dar um jeito, mas nada deu certo. O processo perdurou na justiça e só agora o condutor foi indenizado pela marca alemã.

O nova-iorquino Godwin Boateng sofreu o acidente há mais ou menos oito anos com seu carro. Logo após os médicos tentarem colocar a parte que caiu do seu polegar e não conseguirem, ele entrou na justiça processando a fabricante alemã em cerca de US$ 3 milhões. Segundo ele, que é engenheiro autônomo de software, teria um prejuízo anual de aproximadamente US$ 250 mil por ano sem essa parte do dedo.

No processo, Boateng ainda afirmou que as portas com fechamento suave do seu BMW X5 2013 estavam com defeito e por isso o incidente aconteceu. Os engenheiros da fabricante inspecionaram as portas da unidade e concluíram que não havia nenhum defeito no funcionamento delas. Eles ainda pontuaram que o manual do proprietário traz alertas deste tipo de acidente.

É dinheiro que não acaba mais

O caso seguia em julgamento até o início deste mês. O júri analisou todo o contexto e bateu o martelo, afirmando que a marca não era a culpada pela porta problemática e sim pelo ferimento causado ao engenheiro autônomo. Desse modo, ordenou que a BMW pagasse US$ 1,9 milhão ou cerca de R$ 10,4 milhões para Godwin, como uma forma de indenização.

Segundo o portal Carscoops, ainda não há informação se a fabricante pretende recorrer sobre a conclusão tomada. No processo, Boateng afirmou que a montadora sabia que um dia suas portas com fechamento suave poderiam ocasionar um acidente parecido com o seu desde 2002. Mesmo com toda a polêmica ao redor, a marca bate o pé e afirma que a porta não tem defeitos e nem comenta se fará mudanças no quesito tecnologia de segurança para estes casos em seus carros.