Definir carros esportivos nem sempre é uma tarefa fácil. Para encurtar a conversa, a classificação mais aceita é que os veículos precisam ter algum retrabalho específico na suspensão e chassis, além da maior potência. Por isso, só colocar um motor mais potente em um carro não faz ele ser um esportivo autêntico.
Entretanto, eventualmente surgem alguns carros divertidos e rápidos, ainda que não tenham sido projetados para serem esportivos. É justamente o caso dos modelos desta lista. Todos eles contam com um bom acerto de suspensão, contam com uma dinâmica aprimorada, mas não foram projetados com a esportividade em mente.
Mesmo assim, são excelentes veículos e contam com o carinho da maioria dos entusiastas.
Volkswagen Up TSI e VW Polo TSI MT
Há quem jure de pé junto que o VW Up TSI é esportivo. No entanto, este nunca foi o objetivo da marca. Acontece que o falecido subcompacto tinha um excelente projeto, sendo um carro bem moderno para a sua época, além de uma dinâmica acima da média.
Por isso, quando o motor 1.0 turbo passou a fazer parte da gama, era inevitável que o desempenho saltasse. Essa maior potência, somado ao bom conjunto e um câmbio manual de acerto excelente, fez com que o Up TSI passasse a ser cultuado. E praticamente todos esses atributos agora estão presentes no Polo TSI manual. Só que em um carro maior e com uma plataforma ainda mais moderna.
Nissan March 1.6 manual
O March sempre teve cara de carro pacato, mas o modelo 1.6 andava muito bem para o tamanho do hatch. Para se ter uma ideia, este motor é usado até hoje no Kicks, que é bem maior e mais pesado que o subcompacto.
Por isso, mesmo sem ter uma dinâmica tão boa quanto o Up e o Polo, o March 1.6 manual merece um lugar na lista. Seu desempenho é bom, mesmo com a carinha de carro comportado.
Renault Clio 1.6 16v
É exatamente a mesma situação do March, mas feita alguns anos antes. O Clio nunca teve uma versão esportiva de fato no Brasil, mas no exterior até um motor V6 central enfiaram nele.
O mais perto disso que tivemos em nosso mercado foi a versão 1.6 16v, que entregava um desempenho bastante superior ao 1.0. Dessa forma, era quase como ter um hot hatch francês, mas sem o exagero que era o Clio V6.
Honda Civic Touring
O Civic quase sempre teve seu apelo esportivo, mas cabia a linha Si cumprir este papel. Entretanto, na última geração fabricada no Brasil, o sedã tinha um grande salto de potência com o motor 1.5 turbo do modelo Touring.
Não era radical como um Si ou Type R, mas ao menos oferecia uma performance digna ao comportamento dinâmico primoroso do carro. O único porém é a presença do câmbio CVT, que diminui todo o apelo esportivo que o sedã poderia ter. Mas ao menos o desempenho era bom.
Jeep Renegade 1.3 turbo
Quem diria que o Renegade estaria um dia em uma lista de carros rápidos. O milagre foi proporcionado pela adoção do motor turbo 1.3 de 185 cv. Com isso, o SUV da Jeep se tornou o mais potente da categoria, ao lado dos primos Fiat Pulse Abarth (este um esportivo de fato) e o Fiat Fastback.
Porém, por conta da mudança da água para o vinho, nada mais justo que escolher o Renegade em vez do Fastback. Afinal, o SUV da Fiat já nasceu com este motor, enquanto o modelo da Jeep passou muitos anos sendo julgado, e com razão, pelo baixo desempenho do motor 1.8 aspirado.
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