Sempre que as marcas lançam carros novos, fazem pesquisas de público para entender se aquele modelo pode ser um sucesso ou não. Nenhuma montadora lança um modelo ao vento e espera que dê certo pelo acaso. Mas, algumas vezes, elas se atêm tanto a uma ideia fechada que não enxergam o fracasso batendo à porta.
Prova disso são esses cinco carros que já nasceram a partir de uma péssima ideia e não deu outra: foram fracassos de venda.
Ford Fusion europeu
Quando a sexta geração do Ford Fiesta surgiu, a marca do oval azul decidiu que havia espaço para um modelo derivado maior. A Europa sugeriu fazer uma espécie de Fiesta gordo e vendê-lo como minivan, lançando assim o Fusion em 2002. Já o Brasil aproveitou a ascensão dos aventureiros e criou o SUV compacto EcoSport.
Não é preciso muito para entender que os europeus não se convenceram a comprar o Fusion, enquanto os brasileiros se esbaldavam de comprar o EcoSport. A diferença é que o Fusion não passava de um Fiesta maior, o que era, na essência, a mesma coisa do EcoSport. Mas o SUV brasileiro tinha cara de aventureiro e isso criou um apelo comercial muito maior. Com isso, um foi um sucesso e virou modelo global, o outro morreu e não fez falta.
Mercedes-Benz Classe X
Pouco mais de dois anos no mercado: esse foi o tempo de vida da Mercedes-Benz Classe X. Ela nasceu a partir de uma boa ideia, que era criar uma caminhonete média de uma marca de luxo – fruto claro de uma demanda crescente, visto o preço dos modelos de marcas generalistas. Mas o problema foi a execução da Mercedes-Benz.
Ao invés de criar um modelo sozinha, tomando como base a plataforma da Sprinter, a Mercedes quis economizar e pegou a Nissan Frontier como base, a requintou e achou que convenceria o público com isso. O acabamento ainda era de Nissan e a lateral toda igual da Frontier. Foi um fracasso tão forte, que a Mercedes até finge que a Classe X não existiu.
Peugeot Hoggar
Uma ideia que já tinha potencial para dar não ir bem e feita no momento errado foi a receita do fracasso da Peugeot Hoggar. Ela surgiu em um momento no qual a Peugeot não fazia bons carros no Brasil e sua fama era ruim (algo que ela já deu a volta por cima completamente). Para piorar, tentava brigar com a Fiat Strada, algo que pouquíssimas marcas arriscaram a fazer.
Prova disso é que só Ford, Chevrolet e Volkswagen tentaram brigar com a Fiat Strada ao longo da vida – ainda que Chevrolet e Ford já tenham desistido disso. A Peugeot merece palmas pela ousadia de ter tentado, mas o 207 foi uma base ruim para partir, tinha interior apertado, problemas de suspensão e não tinha como dar certo.
Nissan Murano Cross Cabriolet
Presença constante na lista de carros mais feios do mundo, o Nissan Murano Cross Cabriolet não foi uma ideia boa, mas rendeu frutos para outras montadoras. Ele foi o primeiro SUV conversível do mundo – se desconsiderados modelos como Jeep Wrangler que podem ter o teto arrancado. Era voltado ao uso urbano, mas era feio de doer.
A ideia de um SUV é ter mais robustez, praticidade e alguma capacidade off-road. Mas ao tirar o teto, a Nissan arruinou todos esses aspectos – ainda que tivesse mantido a altura do solo elevada que tanto é desejada por donos de SUVs. Vendeu mal, mas influenciou a Land Rover a fazer o Evoque conversível e a VW a criar o T-Roc Cabriolet, ambos um fracasso nas vendas.
BMW GT
Comumente presentes nas listas de carros mais feios do mundo, os BMW GT nunca venderam bem e a existência deles é bem questionável. Isso porque a BMW insistiu fortemente, pois contou com Série 3 GT (entre 2013 e 2019), Série 5 GT (entre 2009 e 2017) e Série 6 GT (desde 2017 até hoje).
Os modelos, na realidade, eram versões baixas dos SUVs cupê X4 e X6. Só que sem todo o aparato off-road, as proporções ficaram esquisitas e não havia o apelo dos utilitários para eles. Os consumidores não viam motivos para querer um modelo tão grande quanto uma perua, mas sem a mesma praticidade, ou a elegância dos sedãs.
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