Com o avanço da tecnologia e a mudança do comportamento dos consumidores, muito do que era moda antigamente ou comum, cai em desuso. Lembra do tempo em que tínhamos que levar no bolso um MP3, uma câmera digital, um notebook e um aparelho de GPS para ter todas as funções hoje presentes em um smartphone? Com os carros é a mesma coisa.
Com novas prioridades e necessidades, alguns segmentos que antes estavam abarrotados e alternativas, hoje já deixaram de existir ou de ter relevância no mercado internacional e também brasileiro. Confira agora cinco exemplos de tipos de carros que as marcas desistiram de fazer. Mas, claro, toda regra tem sua exceção e algumas montadoras ainda não desistiram desses segmentos.
Sedãs executivos de marcas generalistas
Houve um tempo em que era possível comprar um sedã grande da Peugeot pelo mesmo preço de um BMW Série 3. Ou um três volumes executivo da Renault pelo equivalente a um Mercedes-Benz Classe C. Mas, com o tempo, a questão de status trazido pelas marcas de luxo fez com que muitos rejeitassem os modelos mais refinados de marcas generalistas.
Afinal, por que pagar caro em um Fiat, Peugeot, Citroën, Renault, Chevrolet ou Hyundai gourmet se posso levar um modelo verdadeiramente de luxo? Para suprir isso, as marcas generalistas criaram divisões de luxo. A Toyota fez a Lexus, a Hyundai desenvolveu a Genesis, enquanto a Honda criou a Acura e por aí vai.
Peruas no Brasil
Enquanto na Europa, em especial na Alemanha, as peruas vendem mais que os sedãs há décadas, aqui no Brasil a situação é totalmente oposta. A última perua produzida e desenvolvida localmente morreu em 2020: a Fiat Weekend. Só que, desde então, nenhuma marca sequer cogita a possibilidade de produzir uma perua por culpa dos SUVs.
Há de notar que peruas compactas, como um dia reinaram no Brasil, não existem também na Europa. Lá fora, o segmento é atendido da categoria de médios para cima e praticamente todas as montadoras generalistas e de luxo possuem modelos na categoria. Por aqui, temos só as importadas de luxo e em versões esportivas ao limite.
Hatches duas portas
Em nome da praticidade e da redução de custos, há tempos as montadoras desistiram de fazer carros de duas portas. Os hatches compactos e médios eram o grande último suspiro desse segmento, mas até na Europa eles morreram. No Brasil, Fiat Uno e Volkswagen Gol foram os últimos carros com essa configuração.
A grande questão é que modelos de quatro portas satisfazem o mesmo tipo de consumidor que os duas portas, mas com mais praticidade. Houve um tempo em que as marcas deixavam a traseira dos modelos de duas portas com visual bem mais esportivo, em uma tentativa de evocar o segmento de cupês, que também está morrendo.
Cupês
Tal qual aconteceu com a categoria dos sedãs executivos, há quanto tempo você não vê um cupê sendo lançado por uma marca generalista? Houve um tempo que marcas como Fiat, Volkswagen e até Hyundai possuíam modelos cupê com pegada esportiva às vezes só no visual – até porque eram baseados em modelos compactos de tração dianteira.
O tempo passou e a realidade é que hoje apenas a Toyota e Nissan possuem modelos cupê entre as marcas generalistas. Muscle-cars como Dodge Challenger, Ford Mustang e Chevrolet Camaro também entram na conta, mas cupês compactos como antigamente estão cada vez mais raros.
Minivans
Talvez a maior prova de que as minivans morreram de vez foi o que a Renault fez. Scénic e Espace sempre foram as grandes minivans francesas ao lado da família Picasso da Citroën. Só que as novas gerações de Scénic e Espace deixarão de ser minivans para se converter em SUVs elétricos.
No Brasil, existem só duas minivans à venda: Chevrolet Spin e Kia Carnival. Sendo que nenhuma outra montadora sequer pensa em fazer uma minivan ou carros que se pareçam com elas. Se não fosse pelos EUA com suas minivans gigantes como Chrysler Pacifica e a própria Carnival aqui citada, o segmento já teria morrido de vez.
Que outros carros nunca mais veremos? Conte nos comentários.