Mudar para melhor é mais fácil, vamos admitir. Especialmente quando se trata dos carros, as marcas contam com as respostas de consumidores e da imprensa para fazer melhorias para a nova geração ou uma reestilização. Mas e quando as mudanças acontecem para pior…bem pior?
Esse é o caso dos cinco carros presentes nessa lista. Modelos amados pelo brasileiro, esses cinco pioraram muito na troca de geração. Mas por que será que esses modelos foram estragados por suas próprias montadoras?
Volkswagen Gol G4
Definitivamente a geração mais odiada do Volkswagen Gol, o G4 foi um salto extremamente negativo de qualidade em relação ao modelo anterior. Enquanto o Gol G3 é considerado a melhor geração do Gol, especialmente por conta do acabamento e oferta de motores, seu sucessor foi a pior. Todo o interior era feito em plástico duro e simplificado ao extremo, além do visual sem sal.
Isso se deu por conta da aparição do Fox, que fez o Gol ser jogado para o andar de baixo. Para equilibrar seus carros, a Volkswagen desceu o nível do veterano – tanto que recebeu o mesmo painel de instrumentos do Fox, que era terrível de ruim. Inclusive a chamada de geração 4 (mas era a segunda reestilizada novamente) foi a última da Parati.
Honda Civic
Ainda que tecnicamente foram aplicadas muitas evoluções entre a oitava geração do sedã médio da Honda (chamada de New Civic) e a nona, o modelo mais antigo é mais valorizado. O Civic 9 ficou careta, passou a beber bem mais e perdeu a tocada esportiva e dinâmica que fez a fama do Civic no Brasil.
Foi nessa época em que o Toyota Corolla fez a festa a assumiu a liderança para nunca mais sair de lá. Constantemente é possível ver unidades do New Civic sendo vendidas por um preço mais elevado do que o modelo mais novo. Ele tem potencial para ser um futuro clássico, ao contrário da nona geração.
Chevrolet Montana
Sempre que uma marca substitui um carro, ou usa a mesma plataforma do modelo mais novo ou uma nova base mais moderna. Mas a Chevrolet não fez isso. Para tomar o lugar do Corsa de terceira geração, pegou a base do Corsa de segunda geração de 1994 para criar o Agile e a Montana.
Se não bastasse o retrocesso tecnológico, o Agile é, até hoje, considerado um dos carros mais feios produzidos no Brasil. A involução foi nítida, mas as vendas eram melhores do que as do Corsa por conta do custo mais baixo. A Montana passou pelo mesmo processo quando deixou de ser derivada do Corsa para se tornar parte da família Agile, retornando com a base da Pick-up Corsa.
Peugeot 207
Ainda que tecnicamente o Peugeot 207 seja uma pesada reestilização do 206, o modelo piorou nitidamente. Aliás, culpe o 207 pela má fama que a Peugeot ainda amarga hoje no Brasil, apesar de fazer pesadíssimos esforços (com resultados positivos) para reverter isso. O problema nunca foi o visual, mas sim a mecânica.
O Peugeot 206 nasceu com tempero bem europeu, ou seja, um carro durinho e esportivo. Ele sofria um pouco nas ruas brasileiras, mas nada extraordinário. Mas no 207, a suspensão foi amaciada e ficou mais frágil, causando crônicos problemas no conjunto. Além disso, o acabamento perdeu qualidade e apresentava constantes peças quebradas.
Hyundai i30
Diferentemente dos outros carros, o Hyundai i30 melhorou em absolutamente tudo em relação ao modelo antigo. Mas por que ele então está nessa lista? Por só uma grande exceção desse processo de avanço: o motor. Na época da troca de geração, a CAOA trocou o consagrado motor 2.0 aspirado pelo 1.6 do HB20.
Parecia que a CAOA não havia aprendido após o fiasco do Veloster com mesmo motor. Um hatch médio com pegada mais esportiva e até, de certa forma, premium, não combina em nada com um motor de hatch compacto. Nem adiantou trocar pelo 1.8 depois, já que a má fama se instaurou. Além disso, menos unidades foram importadas e ele se tornou raridade.
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