A não ser que você seja um entusiasta automotivo ou proprietário de algum desses carros da lista, dificilmente se recordará que um dia eles foram vendidos no Brasil. Figuras raríssimas nas ruas e pouco lembradas pelo grande público, esses carros não fizeram passagens memoráveis pelo nosso país, tanto que são totalmente esquecidos.
Para a lista não ficar injusta com marcas de atuação pequena em nosso país, deixamos de fora carros como Subaru Legacy, Lifan 620 ou toda linha SsangYong. Afinal, no caso de marcas pequenas, muitas vezes o brasileiro nem lembra que um dia os carros dessa montadora um dia estiveram por aqui.
Chevrolet Malibu
Quando o Ford Fusion se tornou um sucesso e provou que sedãs de porte grande poderiam fazer sucesso no Brasil, a Chevrolet tentou surfar na onda. Entre 2010 e 2012, ela trouxe o Malibu ao nosso país. O resultado? Um dos carros mais fracassados da marca americana. Foi tal mal, que o modelo 2013 de nova geração só foi oferecido a executivos da GM.
Na primeira (e curta) safra, ele foi vendido unicamente na versão LTZ com motor 2.4 quatro cilindros aspirado de 171 cv e 22,2 kgfm de torque. O visual elegante inspirado no Corvette e o interior esportivo não foram suficientes para fazer os consumidores trocarem o Ford Fusion pelo Chevrolet Malibu, especialmente porque ele era bem mais caro.
Renault Grand Scénic
Entre 2008 e 2009, a Renault importou a Grand Scénic para o Brasil. Na tentativa de brigar diretamente com a Citroën Grand C4 Picasso, que fazia um grande sucesso, mesmo importada e cara, a Renault trouxe a Scénic de sete lugares. O problema é que a primeira geração, que já estava velha, seguia em produção convivendo com a nova importada.
Ambas usavam o mesmo motor 2.0 quatro cilindros aspirado de 138 cv e 19,1 kgfm de torque, que sobreviveu até pouco tempo em Sandero RS, Oroch e Captur. Mas, apesar de toda sua modernidade, usava câmbio automático de quatro marchas. O visual controverso contra a beleza das irmãs C4 Picasso não deu chance para a Grand Scénic no Brasil.
Chery S18
Junto do Effa M100, o Chery S18 talvez seja um dos piores carros já vendidos no Brasil. Em uma época na qual a Chery trabalhava com QQ, Face e Cielo – vendendo relativamente bem – a marca quis expandir sua linha. Lançou assim em 2012, o S18. Um carro tão inexpressivo na linha, que o nome era seu código de projeto, mas foi o primeiro Chery flex do mundo.
Ele tentava se encaixar entre o Cielo e o Face, mas com acabamento absurdamente pior que o do modelo compacto. Tinha motor 1.3 flex de 91 cv e 13,1 kgfm de torque. Foi um fracasso nas vendas, tanto que durou só a linha 2023 e sumiu sem fazer a menor falta.
Fiat Siena Sporting
A Fiat sempre foi inteligente em surfar na onda do mercado. Ela criou a moda dos aventureiros com a Weekend Adventure e depois tentou a mesma estratégia com versões esportivas. Surgiu assim a linha Sporting, que teve seu auge no Uno, mas também estava presente em Palio, Punto, Bravo, Idea, Strada e até no Siena.
Lançado na linha 2011, o Fiat Siena Sporting durou só um ano e foi oferecido tanto com câmbio manual de cinco marchas como com o desastroso Dualogic. Era servido pelo motor 1.6 flex de 117 cv e 16,8 kgfm de torque, mas sem mudanças mecânicas. O visual recebia saias frontais e laterais, faróis escurecidos e detalhes vermelhos por dentro.
Volkswagen Polo Classic
Entre os carros que nunca foram lançados e que o brasileiro mais sente falta, o Volkswagen Voyage bolinha (consequentemente G3 e G4) é um dos mais lembrados. E pode culpar sua inexistência ao Polo Classic. Lançado em 1997, ele era produzido na Argentina e importado para o Brasil, mas nunca chegou aos pés do que seria o sedã do Gol.
Ele ficou em linha até 2002, recebendo uma pequena mudança visual um ano antes de morrer por aqui. Mas é um carro tão esquecido e que teve tão pouca atuação em nosso mercado, que até mesmo o Seat Cordoba, seu primo espanhol, é mais lembrado que o Polo Classic.
>>5 carros legais da Volkswagen que não são vendidos no Brasil